13 agosto 2011

21a Ginmeac - Prova Virtual

13 agosto 2011

Cidade de Goiás, como toda cidade histórica, possui seus personagens folclóricos, aqueles que se destacavam de alguma forma diferente e criativa. Uma delas era Maria da Purificação mais conhecida por Maria Grampinho, uma andarilha descendente de escravos que tinha o costume de agregar a sua roupa tudo o que encontrava pela frente como plásticos, retalhos e botões velhos.


Lá vai Maria Grampinho

Também usava muitos grampos no cabelo e por isso ganhou este apelido. Maria Grampinho morou durante o final da década de 40, no porão da casa de Cora Coralina, dormindo ao lado de uma bica d água, era uma mulher simples e que fazia suas próprias roupas. Cora Coralina a tinha como amiga e até lhe dedicara um poema. Hoje Maria Grampinho virou boneca e ajuda a movimentar a economia da cidade.

Cora Coralina até dedicou um poema para Maria Grampinho:

Coisas de Goiás: Maria

Maria. Das muitas que rolam pelo mundo.
Maria pobre. Não tem casa nem morada.
Vive como quer.
Tem seus mundos e suas vaidades. Suas trouxas e seus botões.


Seus haveres. Trouxa de pano na cabeça.
Pedaços, sobras, retalhada.
Centenas de botões, desusados, coloridos, madre – pérola, louça,
Vidro, plástico, variados, pregados em tiras pendentes.
Enfeitando. Mostruário.


Tem mais, uns caídos, bambinelas, enfeites, argolas, coisas dela.
Seus figurinos, figurações, arte decorativa,
criação, inventos de Maria.


Maria Grampinho, diz a gente da cidade.
Maria sete saias, diz a gente impiedosa da cidade.
Maria. Companheira certa e compulsada.
Inquilina da casa velha da ponte.

Este é um trecho retirada do livro “Vintém de Cobre: meias confissões de aninha” da Global Editora e Distribuidora Ltda. As informações acima podem ser encontradas neste blog.

Sua equipe poderá faturar pontos caso seja aquela que levar a maior quantidade de um item bastante utilizado por este ícone da história cultural goiana e que redeu-lhe até um apelido.